Uma queixa muito comum no consultório, a tensão pré-menstrual (TPM) pode trazer impactos negativos relevantes na vida da paciente e das pessoas em seu entorno, principalmente no ambiente do trabalho e do círculo familiar.
Por definição, a TPM é o conjunto de sintomas que surge na segunda fase do ciclo menstrual (fase lútea), e que desaparece após os primeiros dias de fluxo menstrual. Tem duração média de 10 dias, e tem como sintomas mais frequentes a flutuação emocional, irritabilidade/impaciência, ansiedade, sintomas depressivos (tristeza, choro fácil, falta de esperança), insônia, falta de concentração, tendência a alimentar-se de forma diferente do habitual (com impulso para consumo de alimentos ricos em carboidratos, como chocolate, e bebidas alcoólicas).
A paciente pode queixar-se se ganho de peso e edema, dor nas mamas e aumento do volume das mesmas, além de enxaqueca, dores musculares e falta de vontade de manter as atividades habituais.
A origem desse tipo de situação decorre de flutuações hormonais, mais relacionadas em especial com o pico de estradiol e de gonadotrofinas no meio do ciclo, relacionadas com a ovulação. Esses três hormônios têm ação no sistema nervoso central, promovendo redução dos níveis de neurotransmissores relacionados com sensação de bem-estar e disposição, como a serotonina, ácido gama-aminobutírico (GABA) e endorfinas, o que contribui significativamente com os sintomas emocionais e psíquicos relatados pelas pacientes. Há também ação dos estrogênios no equilíbrio do sistema renina-angiotensina-aldosterona, relacionados com o equilíbrio e funcionamento dos túbulos renais, que passam a reabsorver mais sódio e água, contribuindo para a ocorrência de edema, aumento de peso e mastalgia referidos nessa fase por inúmeras pacientes.
O diagnóstico dispensa solicitação de exames, e deve ser realizado com base na história clínica detalhada relatada pela paciente.
Já o tratamento deve ser direcionado para as principais queixas apresentadas, sendo fundamental que a paciente entenda o que está acontecendo, os motivos e que não há maiores consequências para sua saúde orgânica. As estratégias terapêuticas vão desde iniciar/intensificar a atividade física, uso de diuréticos, analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos e hormônios (estrogênios e progesteronas), chegando até mesmo a suspensão da menstruação em alguns casos. O mais importante e desafiador nessas situações e entender da paciente qual a real consequência enfrentada por ela em seu dia a dia, em decorrência dessas flutuações hormonais, e buscar individualmente o resgate da qualidade de vida esperada por ela.
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